"A única forma possível de preservar esse mineral na superfície da Terra é quando ele está preso dentro um recipiente inflexível, como um diamante", comenta Graham Pearson, professor do departamento de Ciências da Terra e Atmosferas da Universidade de Alberta, no Canadá, em entrevista para o portal científico Phys.org.
Segundo o pesquisador, os diamantes da mina Premier estão entre os maios valiosos do mundo, tanto pelo valor comercial, quanto pela riqueza científica, já que proporcionaram informações preciosas sobre as partes mais importantes do núcleo da Terra.
"Os diamantes são maneiras realmente únicas de ver o que está na Terra. A inclusão de perovskita nesse diamante indica muito claramente a reciclagem da crosta oceânica no manto inferior do planeta. Ela fornece uma prova fundamental do que acontece com o destino das placas oceânicas à medida que elas descem nas profundezas da Terra", relata Pearson.
Ainda de acordo com o cientista, essa descoberta evidencia a singularidade dos diamantes, que são capazes de preservar riquezas que não poderiam ser vistas de outra forma. A justificativa para isso se deve à região em que essas pedras são formadas: entre 150 e 200 km de profundidade na crosta terrestre.