No entanto, segundo o neurologista Igor Levy, de Belo Horizonte, as perspectivas são positivas. Segundo ele, há vários estudos em andamento tanto no sentido de descobrir a doença precocemente quanto de tentar alterar sua progressão em pacientes com quadro já avançado. Todas essas terapias ainda estão em fase de teste, mas com desempenhos promissores, de acordo com o especialista.
O estudo mais relevante diz respeito a um teste de sangue que mostrou ser possível detectar sinais do Mal de Alzheimer. Usando um marcador para a proteína beta-amiloide – substância que se acumula no cérebro de pessoas que têm a doença –, o exame apresentou eficácia em 90% dos casos, quando comparado ao PET scan (tipo de tomografia) do cérebro, normalmente indicado para o diagnóstico do problema. "Esse teste pode ser uma maneira simples de diagnóstico precoce da doença, com grande utilidade para intervir em estágios iniciais", comenta Igor Levy.
Outra boa notícia é o prazo com o qual trabalha o Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sugla em inglês), órgão encarregado de pesquisas médicas nos Estados Unidos. "Seu objetivo é ter uma terapia medicamentosa efetiva para a doença em 2025", diz o médico mineiro.
Enquanto esses tratamentos ainda não estão disponíveis, a orientação é se prevenir: dieta saudável; praticar exercícios regularmente; evitar o fumo e o excesso de álcool; manter uma vida social ativa; e exercitar o cérebro ajudam a envelhecer com saúdes física e mental melhores..