O estudo, publicado no periódico científico British Journal of Nutrition, avaliou 27 pessoas, que foram divididas em dois grupos: um deveria manter uma dieta com menos calorias durante toda a semana; enquanto o outro devia seguir manter a alimentação normal durante cinco dias e fazer uma dieta extremamente restritiva em dois dias. Neste período de jejum, os participantes só poderiam ingerir 600 calorias diárias – a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é a ingestão média de duas mil calorias para mulheres e 2,4 mil para homens, todos os dias.
Os cientistas, inicialmente, queriam avaliar os efeitos do metabolismo da gordura e do açúcar em pessoas que realizam esse jejum intermitente de 5:2 (cinco dias normais e dois restritivos), com baixíssimo consumo de calorias. Após 59 dias de acompanhamento, os voluntários que seguiram a restrição alimentar mais drástica tiveram 5% de perda de peso e seus índices de pressão arterial ficaram 9% mais baixos. O outro grupo, que apenas reduziu o consumo diário de calorias, precisou de 73 dias para ter redução nas medidas e o benefício para a circulação sanguínea foi bem menor: apenas 2% de redução da pressão arterial.
Além disso, os pesquisadores da Universidade de Surrey descobriram que os índices de gordura no sangue dos voluntários que passaram pela dieta 5:2 reduziram de forma bem mais rápida do que nos demais participantes. Para a professora Rona Antoni, uma das autoras do estudo, a dieta testada por eles pode, sim, ajudar a prevenir problemas do sistema circulatório.