Revista Encontro

Saúde

Mal de Parkinson pode ser diagnosticado na lágrima

Cientistas descobrem proteína presente na secreção que indica o problema degenerativo

Marcelo Fraga
A luta da Medicina contra o Mal de Parkinson pode ganhar, em breve, um reforço.
Isso porque cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, apresentaram, recentemente, um estudo que pode ajudar a criar um novo e revolucionário tipo de diagnóstico da doença, com maior precisão e antecedência – os sintomas não precisam ter aparecido. Tudo isso analisando apenas as lágrimas dos pacientes.

Os pesquisadores da universidade, que fica em Los Angeles, descobriram que proteínas encontradas na lágrima humana podem indicar se uma pessoa está o Mal de Parkinson ou pode desenvolver o problema. Eles chegaram a essa conclusão após analisarem 82 amostras desse fluído, de 55 de pacientes com a doença e de 27 pessoas saudáveis, todos com "idade e gênero compatíveis". As informações sobre o estudo foram divulgadas no site da Fundação Barchester, instituição de caridade voltada ao amparo de idosos com deficiência no Reino Unido.

Segundo o artigo científico, que foi encabeçado pelo professor Mark Lew, as células das glândulas lacrimais possuem diversas proteínas que são transferidas para as lágrimas. Nos pacientes com Parkinson, uma dessas proteínas, chamada alfa-sinucleína oligomérica, foi encontrada em nível menor do que nas pessoas que não têm a doença debilitante.

Ainda de acordo com o texto publicado no site da Fundação Barchester, Mark Lew esclarece que o processo de desenvolvimento do Mal de Parkinson pode começar anos ou, até mesmo décadas, antes que os primeiros sintomas apareçam. Com isso, o novo método de diagnóstico pode contribuir para a descoberta antecipada da doença, o que facilita também o tratamento. O cientista acredita que este representa um grande passo para a ciência, principalmente tratando-se de uma enfermidade degenerativa como é o caso do Parkinson..