Na opinião do parlamentar, o próximo governo terá condições políticas de fazer uma reforma mais dura e aprovará um projeto diferente do que consta no parecer em discussão na Câmara dos Deputados, e que é assinado por ele. "Certamente se fará outra reforma. Ao meu ver, será uma reforma mais dura e muito mais profunda. O novo presidente eleito entra com todo o capital político para adotar as medidas que sejam necessárias. Não importa qual seja o viés ideológico de quem se eleja, tenho convicção de que será uma reforma muito mais profunda que a que consta no meu parecer", comenta o relator em coletiva de imprensa.
A legislação determina que, em função da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, o Congresso não pode promover qualquer alteração na Constituição, como seria o caso de uma possível aprovação da Reforma da Previdência. Arthur Maia afirma que não tratou da possibilidade de suspensão da intervenção para votar a mudança com ninguém e foi enfático ao apontar que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma na Câmara.
"Não temos votos. Não adianta.
Em conversa com jornalistas na manhã desta segunda (12), Marcelo Caetano, secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, disse que, apesar da intervenção, a reforma permanece como uma pauta prioritária para o governo. Segundo ele, uma possível suspensão da intervenção federal antes de 31 de dezembro, prazo estipulado pelo decreto, não está em discussão. "Não está . O prazo que existe hoje no decreto é 31 de dezembro de 2018. Se, porventura, esse decreto for revogado, o debate retorna", afirma Caetano.
Para o secretário, o tema ocupará uma posição relevante no debate entre os postulantes ao Palácio do Planalto e a velocidade com que pode avançar no governo seguinte dependerá do presidente e dos parlamentares que forem eleitos.
(com Agência Brasil).