Como mostra o site Boatos.org, especializado em desbancar mentiras que circulam nas redes sociais, existem alguns pontos verdadeiros sobre a Lonomia nessa mensagem que vem sendo compartilhada à exaustão, começando pela foto das lagartas em grupos, que é um comportamento típico da espécie. "A dica de não tocar nelas é, obviamente, válida. Vale a pena, se você vir 'um montão' delas, como na foto, comunicar alguma autoridade ambiental. O 'V' na cabeça é característico [da espécie]", diz a explicação do Boatos.org.
Porém, existem muitas mentiras no texto encotnrado no WhatsApp. Em primeiro lugar, a Lonomia obliqua pode ser encontrada em váriso estados brasileiros que tenham resquícios de Mata Atlântica e a maioria dos acidentes com o inseto são registrados na região sul do país. Outra questão que merece esclarecimento diz respeito à época do ano em que esse animal é mais comum. Ao contrário do que diz na mensagem, não estamos no período típico da Lonomia, que é entre a Primavera e o Verão.
O Boatos.org também faz questão de esclarecer um dado errôneo sobre a toxicidade do veneno da lagarta, que é comparado com o da cascavel. Dados do MInistério da Saúde mostram que entre os anos 2000 e 2016 foram registrados 48.818 acidentes com a Lonomia no Brasil, que resultaram em 25 mortes. No mesmo período, tivemos 443.067 casos de picadas de cobras, resultando em 1.793 vítimas fatais. Portanto, as serpentes são muito mais perigosas que o inseto que se transforma em mariposa. Além disso, o site que desmente boatos explica que existe, sim, um soro antilonômico, que é produzido pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
Portanto, essa espécie de taturana é venenosa, mas a melhor forma de evitar problema é não entrar em contato com o animal, que vive exclusivamente nas árvores.