O estudo foi realizado em 102 municípios nos 17 estados, além do Distrito Federal, onde há regiões com resquícios da Mata Atlântica. O levantamento apresenta ainda um panorama sobre a qualidade da água de 230 rios, córregos e lagos do bioma, e foi realizado entre março de 2017 e fevereiro de 2018.
"Rios e águas contaminados são reflexo da ausência de instrumentos eficazes de planejamento, gestão e governança. Refletem a falta de saneamento ambiental, a ineficiência ou falência do modelo adotado, o desrespeito aos direitos humanos e o subdesenvolvimento", destaca o documento divulgado pela ONG.
De acordo com a SOS Mata Atlântica, a qualidade da água doce superficial é suscetível às condições ambientais, às variações e aos impactos do clima, aos usos do solo e às atividades econômicas feitas na bacia hidrográfica. "A água está diretamente ligada à conservação da Mata Atlântica, à sustentabilidade dos ecossistemas, à saúde e atividades econômicas da população que vive no bioma", destaca o estudo.
O levantamento comparou os dados do monitoramento de 188 pontos fixos de coletas, distribuídos por 11 estados, do ciclo 2017 (março de 2016 a fevereiro de 2017) e do ciclo 2018 (março de 2017 a fevereiro de 2018). Os resultados obtidos demonstram que a qualidade da água dos rios das bacias da Mata Atlântica permaneceu estável neste ciclo e não houve evolução significativa dos indicadores em relação ao anterior.
"Os indicadores estáveis de qualidade boa ao longo do ciclo de chuva e seca deste período de monitoramento evidenciam a importância da conservação da floresta e das matas ciliares para perenidade dos recursos hídricos. Os cinco pontos com qualidade boa em dois ciclos consecutivos estão em áreas especialmente protegidas da Mata Atlântica", destaca o estudo.
(com Agência Brasil).