Quando o encontro com a água-viva acontece, é quase inevitável que o resultado seja uma "queimadura". Isso porque o animal marinho vai se sentir ameaçado e seu principal meio de defesa é a liberação de toxinas que estão presentes nos tentáculos, o que causa a irritação na pele e a sensação de ardência. Neste caso, o senso popular diz que a urina seria um "santo remédio" para acidentes com medusa. Suco de limão e água do mar também costumam ser recomendados.
O problema é que todas essas medidas paliativas não passam de crendices populares. Urina, suco de limão e água do mar não são eficazes, de acordo com um estudo internacional realizado recentemente por pesquisadores da Universidade Paracelsus, na Áustria, e da Universidade de Messina, na Itália. Os resultados foram publicados no periódico científico Toxins.
Segundo a pesquisa, que foi divulgada pelo portal de notícias Uol, a melhor forma "caseira" de tratar a "queimadura" provocada pela água-viva, incluindo a caravela-portuguesa (espécie mais comum no Brasil), é a aplicação de vinagre sobre o local afetado. A substância, que é mais utilizada para dar sabor aos alimentos, como as saladas, age inibindo a ação do veneno expelido pelo animal marinho, reduzindo a sensação de dor e a inflamação na pele.
Os cientistas, no entanto, orientam que, para que ocorra o efeito desejado, é necessário usar vinagre puro, de preferência orgânico – o de maçã é um dos melhores que existem no mercado.
Testes
Para chegar a essa conclusão, conforme divulgado pelo Uol, os cientistas australianos e italianos testaram, em laboratório, os efeitos de diversas substâncias geralmente usadas para tratar "queimadura" por caravela, como suco de limão, água do mar e, até mesmo, creme de barbear. Porém, nenhuma delas foi eficaz contra as potentes toxinas do bichinho.
Durante a pesquisa, foi observado que a urina acabou piorando a situação, estimulando a liberação de veneno e a sensação de ardor.