A responsável pelo novo remédio é a empresa farmacêutica Prati-Donaduzzi, com sede em Toledo, no Paraná. O primeiro medicamento, cuja pesquisa foi iniciada em 2015, é chamado de Myalo, e é indicado para o controle de crises de epilepsia refratária, grau mais crítico da doença, cuja incidência é mais comum em crianças.
Segundo a empresa, o remédio é fabricado com canabidiol de elevado grau de pureza, obtido a partir de extrato vegetal purificado derivado da planta Cannabis. O projeto teve investimento inicial de R$ 11 milhões – uma parte foi cedida pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
A boa notícia é que o Myalo deve chegar ao mercado em breve. De acordo com informações da Prati-Donaduzzi, o estudo clínico para registro do medicamento, realizado em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), já está em andamento. Os testes em voluntários saudáveis já foram encerrados e a fase final de testes clínicos, em pacientes, deve terminar no segundo semestre de 2018.
A empresa também está pesquisando a produção de canabidiol sintético, que pode chegar a 100% de pureza, ou seja, está livre de tetrahidrocanabinol (THC), que é o principal derivado psicoativo da Cannabis. A intenção da farmacêutica é ter disponibilidade constante do princípio ativo sem necessidade de cultivar a planta. Esta pesquisa, conforme a Prati-Donaduzzi, tem como foco os pacientes que sofrem com o Mal de Parkinson – dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 1% da população acima de 65 anos sofre com essa doença..