Segundo o cirurgião plástico Luiz Molina, trata-se de uma condição causada pelo acúmulo de melanócitos, células pigmentares que dão cor à pele. Em condições normais, a pigmentação é bem distribuída pelo corpo. Já em quem nasce com o NMC, as células são mal distribuídas, levando ao aparecimento das manchas em certas regiões. "Estima-se que o NMC afete um em cada 100 bebês nascidos vivos. Entretanto, ao considerar o nevo gigante, a estimativa vai para um em cada 20 mil bebês nascidos vivos. As principais áreas afetas são o rosto e o tronco", comenta o médico.
Váriso estudos já associaram as pintas ou manchas pigmentadas ao melanoma, que é um tumor de pele agressivo.
Outro impacto importante que decorre do Nevo Melanocítico Congênito diz respeito ao aspecto emocional, já que as crianças precisam enfrentar o preconceito em relação à aparência.
A forma mais recomendada de tratar o NMC é a remoção cirúrgica. Ela é indicada em vários casos, principalmente quando há risco aumentado para melanoma e a pessoa sofre com o impacto social. Nas manchas menores, a cirurgia é menos complexa e compreende a retirada do nevo e a costura da pele em volta. O procedimento pode deixar uma pequena cicatriz.
De acordo com Luiz Molina, nos nevos gigantes, a cirurgia é mais complexa. "Na remoção de um nevo gigante, o cirurgião plástico irá retirar o máximo possível da mancha, procurando minimizar as cicatrizes. Além disso, o procedimento exige o enxerto de pele na área em que o nevo foi removido, portanto, a retirada implica em outras cicatrizes", esclarece o cirurgião plástico.
Em alguns casos, a pele do paciente é esticada até cobrir a área da remoção do NMC. Atualmente, é usada uma técnica de expansão: antes da cirurgia, é implantado um expansor temporário para estivar a pele e usá-la na cirurgia. Isto é particularmente importante para crianças, de modo a evitar o uso de enxerto..