A doença é considerada de fácil tratamento, desde que tenha o devido diagnóstico e seja medicada o quanto antes. "Conhecida como doença do jardineiro, a esporotricose é adquirida por meio da inoculação do fungo após um trauma, ou seja, você espeta o dedo em um espinho ou graveto e este introduz o fungo no tecido sob a pele. A partir daí, ele pode começar a se multiplicar", explica o microbiologista Hyllo Baeta, do laboratório Geraldo Lustosa.
Ainda segundo o especialista, o Sporothrix está naturalmente presente na natureza em pedaços de madeira, nas folhas e no solo úmido. Por isso, a doença acaba atingindo também os gatos. "O felino é uma vítima, assim como os seres humanos. Ele transita muito nesses ambientes, briga com outros gatos, entra no meio das folhas, se machuca, se lambe e está sujeito a ser infectado pelo fungo. Estando doente, pode transmitir a doença para outros felinos e também para os humanos", comenta Hyllo.
O microbiologista ressalta que o tratamento com remédio via oral é eficiente nas formas iniciais e que o exame laboratorial do material da lesão é fundamental para o diagnóstico correto, uma vez que a esporotricose pode ser confundida com outras doenças causadas por fungos e bactérias, especialmente a paracoccidioidomicose, a leishmaniose tegumentar, a esporotricose, a cromoblastomicose e a tuberculose cutânea.
Se não for tratada logo no início, a doença causada pelo fungo pode se agravar, especialmente em pacientes com baixa imunidade, gerando lesões em órgãos como pulmão e ossos..