Tai-chi-chuan, corridas e caminhadas estão entre os tipos de exercício mais indicados para os idosos. Contudo, nenhuma delas é tão completa e prazerosa quanto a dança. De acordo com o especialista, dançar auxilia o condicionamento físico na mesma proporção em que estimula o funcionamento cerebral. "Enquanto dançam, os idosos sempre estão aprendendo algo novo. Isso cria uma série de novas conexões neurais que sistematicamente estimulam novas áreas do cérebro. Portanto, além de proporcionar grande parte dos benefícios da prática de exercícios físicos, a dança aprimora a capacidade de raciocínio e ainda traz inúmeros ganhos de ordem emocional relacionados à alegria que ela proporciona aos idosos", esclarece o neurologista.
A busca pelo bem-estar mental é quase tão importante para o cérebro quanto a prática de atividade física. Sair, bater um papo descontraído com os amigos sobre assuntos leves e agradáveis, por exemplo, traz alívio e descanso para a mente. No momento em que isso acontece, o órgão se recompõe e apresenta mais condições de se manter ativo e funcionar bem. "Vivenciar boas emoções e evitar altos níveis de estresse ajuda os idosos a raciocinar melhor e ter mais disposição no dia a dia. Portanto, além de se exercitar, é altamente recomendável que eles caminhem pelos lugares que gostam, participam de jogos, leiam, relaxem, durmam um pouco mais, quando possível, e aprofundem-se em assuntos de seu interesse", afirma Mauro Atra.