Na época da descoberta, os cientistas acreditavam que os restos mortais eram provenientes do Homo habilis, nosso antepassado direto, mas logo se tornou evidente que era uma espécie até então desconhecida. Ela recebeu o nome de Homo naledi, que significa "homem das estrelas" em um dos dialetos sulafricanos.
As particularidades dos esqueletos fizeram com que os especialistas chegassem à conclusão de que não era um elo de nossa cadeia evolutiva mas uma espécie de humanos de uma cadeia alternativa. Tal como o Homo floresiensis e o Homo neanderthalensis, o Homo naledi não sobreviveu até os dias atuais.
"Todas as pessoas estão interessadas em conhecer o passado. Se conhecermos a vida de nossos antepassados, o passado das espécies alternativas e as razões pelas quais desapareceram do planeta, talvez a informação ajude a humanidade moderna a sobreviver em um momento crítico", comenta o professor Aleksei Drobyshevsky, da Faculdade de Biologia da Universidade Lomonosov e um dos responsáveis pe areconstrução da aparência dessa espécie ancestral.
Quando os cientistas realizaram a datação do achado arqueológico da África do Sul, descobriram que poderia chegar a 335 mil anos. Isso significa que os Homo naledi viveram simultaneamente à nossa própria espécie, Homo sapiens, mas, por algum motivo ainda desconhecido, desapareceram.
A reconstrução do Homo naledi foi possível graças a técnicas de escultura usadas pela antropologia forense que são capazes de recompor músculos e pele a partir das marcas deixadas nos ossos, especialmente nos crânios.
(com Agência Sputnik).