Segundo a psicóloga e sexóloga Sônia Eustáquia, os casais, atualmente, têm maior liberdade para expressar os desejos. "Relação a dois não tem nada a ver com a ideia de ter que fazer tudo junto. Compreender isso é respeitar a individualidade do outro. Há casais que dormem juntos e são mais distantes afetivamente do que aqueles que dormem em quartos separados. A diferença está na atenção diária ao outro e é bom entender que a relação a dois é qualidade e não quantidade de contatos", comenta a especialista.
Entretanto, a psicóloga ressalta que o casal precisa estar ajustado emocionalmente e de comum acordo para a separação física. "Quando um vínculo está consolidado, dificilmente o fato de dormir separado vai afetar o relacionamento.
O senso comum associa a vida sexual e a intimidade conjugal ao quarto e à cama. Isso é uma visão cultural e que, nos últimos anos, passou a ser questionada, mesmo porque, os desejos e fantasias de um casal não precisam, necessariamente, serem realizadas no quarto. "Embora não seja necessário e varie de acordo com as preferências de cada casal, a intimidade independe de espaços físicos. Dormir junto não tem nada a ver com a vida sexual ativa", garante a sexóloga.
Para ela, os parceiros podem estar juntos no quarto ao se preparar para dormir e fazer a manutenção da intimidade e do sexo, sem ter que dormir na mesma cama. Entretanto, considerando a falta de tempo na rotina, exercitar esses momentos diariamente pode ser um desafio, devido ao toque e as carícias começarem a não acontecer com a frequência desejável para ambos.
"O recomendável é que não haja obrigatoriedade de dormir juntos todos os dias e cada um cuidar do seu amor e de seu amado. Na casa deve existir um cômodo, o escritório, por exemplo, com uma cama confortável, onde ambos tenham a naturalidade de se acomodar nele, todos os dias, ou quando quiser, para fazer algo que seja incompatível fazer junto ou mesmo para pegar no sono. Não é dormir na mesma cama que faz o casamento feliz", orienta Sônia..