O especialista orienta que o mais adequado é construir um orçamento familiar baseados nos sonhos e objetivos de toda a família. "Também é muito importante que ocorra o quanto antes a definição de regras financeiras a serem seguidas, como quem paga o quê. Contudo, essas regras devem ser alvos de constantes reavaliações. Para o casal, algumas questões se mostram fundamentais, como a divisão das contas. É possível ter uma conta conjunta para que esses compromissos sejam pagos.
O segredo para que não ocorram brigas no casal decorrentes de questões financeiras, segundo Reinaldo Domingos, é colocar tudo na mesa, sem esquecer que o assunto mais importante a ser conversado não são as despesas, e sim, os sonhos e desejos individuais e coletivos. "É muito comum os sonhos serem deixados de lado, mas, acredite, esse é um erro capital de milhões de casais. É importante estar atento, colocando sempre, no mínimo, três sonhos, um curto ; um médio ; e um de longo prazo . Todos devem ser acompanhados de informações básicas, como quanto custa e quanto será guardado mensalmente. Caso contrário, não serão sonhos, e sim, verdadeiros pesadelos para os casais, podendo 'esfriar o relacionamento'", diz o especialista.
Confira, abaixo, algumas orientações para quem quer evitar problemas em família:
- O educador financeiro recomenda reuniões frequentes entre o casal para debater as finanças, sem ser um momento de tensão, mas sim, de projeção
- As metas de curto, médio e longo prazos, devem ter objetivos coletivos e individuais
- "Um ponto que, geralmente, é foco de divergências é o padrão de vida que o casal leva", alerta Reinaldo. Portanto, é preciso fazer um diagnóstico financeiro e, com os números reais da condição da família, ajustar o padrão dentro desta lógica
- Outro motivo que costuma gerar briga é quando um dos parceiros é "mais acomodado". "É importante entender que cada um possui um estilo, assim, recomendo a busca de um meio termo, com regras bem estabelecidas e não ficar batendo sempre na mesma tecla", comenta o especialista
- Quando um dos parceiros é a única pessoa que recebe salário, é preciso se atentar à vida financeira em longo prazo, ou seja, pensar na aposentadoria
- "Caso tenham filhos, é preciso inclui-los na conversa sobre dinheiro e, mais do que isso, também devem chegar a um acordo sobre como será a educação deles em relação às finanças", diz Reinaldo Domingos
- Sempre que um dos parceiros fizer mau uso do dinheiro, apesar do nervosismo gerado, é preciso refletir sobre o ocorrido, orienta o educador. "Contudo, não finja que nada ocorreu, pois, 'guardar' pode causar 'estouros' futuros"