De acordo com o jornal sul-africano IOL, que divulgou o estudo, os resultados comprovaram que a soja possui alta concentração de ginisteína, composto químico que é semelhante ao estrogênio (hormônio feminino responsável pela ovulação). Com isso, a ingestão regular do grão faz com que o sistema endócrino do corpo da mulher fique confuso devido à quantidade elevada de ginisteína, o que pode levar a possíveis problemas relacionados à capacidade de reproduzir.
Os cientistas observaram que o índice de maturidade das células vaginais se mostrou maior e o volume uterino diminuiu mais lentamente em meninas recém-nascidas alimentadas com soja, o que sugere respostas do organismo semelhantes às geradas pelo estrogênio.
Porém, segundo a pesquisadora Margaret Adgent, que coordenou o estudo, o resultado da análise da ingestão regular de leite de soja não deve ser considerado alarmante. "A soja tem sido usada com segurança há décadas. No entanto, nosso estudo observacional encontrou efeitos sutis relacionados ao estrogênio em bebês alimentados com este tipo de leite, e não sabemos se essas diferenças estão associadas a efeitos de longo prazo", comenta a cientista ao jornal IOL.
Metodologia
Para realizar a pesquisa, que foi publicada no periódico científico Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, os cientistas da Universidade de Vanderbilt estudaram 283 mamães e bebês – entre meninos e meninas recém-nascidos. Desse total, 102 foram alimentados exclusivamente com leite de soja; 111 com leite de vaca; e 70 com leite materno.