Ler o rótulo dos alimentos é uma atividade a ser incorporada por todos, não é algo que se restringe para aqueles que buscam emagrecer, apresentam alguma intolerância ou restrição alimentar. "O consumidor pode e deve ter conhecimento para ter suas próprias escolhas alimentares", comenta a nutricionista Ana Paula Del'Arco, consultora da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos). "A partir da educação nutricional, a pessoa adquire autonomia para poder escolher os alimentos que irão compor a dieta, baseado em conhecimento e considerando sua cultura e seus hábitos, adotando hábitos alimentares saudáveis que irão contribuir para a melhora da qualidade de vida", diz a especialista.
As informações técnicas de um produto estão presentes na embalagem e são apresentadas por meio das informações nutricionais e da lista de ingredientes e são regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como mostra a Viva Lácteos, uma informação importante presente nos rótulos é porção, apresentada na tabela nutricional. Este item indica a quantidade recomendada que deve ser consumida daquele alimento. As informações nutricionais descritas são baseadas nesta quantidade, que está expressa em gramas (g) ou mililitros (ml) e também em medida caseira para facilitar o entendimento, como por exemplo, uma colher de sopa, meia xícara de chá etc.
Outro ponto que merece destaque diz respeito à quantidade de caloria (valor energético), expresso em kilocalorias (kcal) ou kilojoules (kJ), e também o percentual recomendado de ingestão de determinado nutriente, que aparece na coluna valores diários (%VD). Os percentuais de cada nutriente foram calculados dentro de uma dieta padrão de duas mil calorias, usada como referência para os valores diários.
"As necessidades diárias variam de acordo com cada indivíduo, de acordo com alguns parâmetros como idade, prática de atividade física, sexo, ou seja, deve ser considerada individualmente", reforça Ana Paula Del'Arco.
A apresentação dos nutrientes na tabela nutricional respeita a seguinte ordem: carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio, além do valor energético, ou podem ser apresentadas em modelo linear, sem estar necessariamente em formato de tabela.
Em relação à lista de ingredientes, a associação ressalta que ela é criada em ordem decrescente, ou seja, começando pelo que está mais presente no produto.
"Atualmente, os consumidores estão mais atentos, críticos e questionadores em relação à alimentação, o que é extremamente positivo, para que possa haver maior entendimento e reflexão sobre o tema. Respeitar a individualidade de cada pessoa, sua compleição física, seus hábitos e estilo de vida é fundamental para que uma dieta seja de fato equilibrada e balanceada.