A estimativa é que cerca de 10% de todo o lixo deixado no mar tenha origem em restos de material de pesca perdidos ou abandonados.
Segundo a FAO, os "países estão desenvolvendo grandes esforços para melhorar o estoque de peixes, mas esses esforços podem ser prejudicados drasticamente se o impacto da pesca fantasma continuar a aumentar".
Esse material mata peixes e outras espécies, como baleias, golfinhos, focas e tartarugas. Também prejudica o fundo do mar e todo o ambiente marinho, além de criar problemas de navegação quando se prendem às hélices, aos cascos ou aos lemes de embarcações. O lixo também chega ao litoral, virando um risco para pássaros, caranguejos outras espécies costeiras.
Soluções
O material usado ne pesca acaba largado no mar por diferentes razões, incluindo mau tempo, acidentes, negligência, ou mesmo, abandonado por estar danificado ou não interessar mais. De acordo com a FAO, existem várias estratégias para resolver o problema.
A agência da ONU sugere marcar o equipamento com o nome do dono para facilitar a sua recuperação. Também propõe não responsabilizar o culpado, como forma de aumentar as denúncias e a probabilidade de recuperar o lixo.
Combater a pesca ilegal, dar incentivos financeiros para a devolução, e usar novas tecnologias, como dispositivos de localização, são outras sugestões. A FAO também acredita que os portos devem ser equipados com equipamentos de recolha do material perdido e com locais específicos onde o material possa ser despejado.
Como forma de tentar solucionar esse problema, a FAO criou um tratado internacional, chamado Acordo de Medidas de Portos, que procura combater a pesca ilegal.
Até 16 de janeiro de 2018, o tratado já havia sido subscrito por 52 países, incluindo Cabo Verde, Moçambique, São Tome e Príncipe e Portugal.
(com ONU News e Agência Brasil).