
De acordo com Renata Tedeschi, do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a probabilidade é que tenhamos um "período de normalidade" na estação mais fria do ano. A especialista afirma que o Brasil não deve sofrer tanto com os efeitos dos fenômenos El Niño e La Niña, que afetam as águas do oceano Pacífico e costumam influenciar as temperaturas em nosso país. "Quanto à previsão de temperatura, elas devem estar dentro da normalidade em todo país", diz Tedeschi em vídeo publicado no YouTube, na conta oficial do CPTEC, no dia 4 de abril.
O site Boatos.org, especializado em desbancar fake news que circulam na internet, analisou o texto que circula nas redes sociais e alerta que ele tem todas as características de boato: sem fonte oficial; traz uma informação exagerada; e não possui comprovação científica. "O primeiro ponto que denuncia que se trata de uma informação exagerada está na própria estrutura do texto. Ele não tem informações suficientes. Se 2018 terá o pior Inverno, qual era o pior até então? Que 'simulações atmosféricas' apontam que teremos o 'pior Inverno'? Onde teremos muito frio, neve e geada? Essa falta de informações e fontes já nos deixa desconfiados", diz a análise publicada pelo portal que desbanca as mentiras difundidas na internet.
Como o Brasil possui dimensões continentais, as variações climáticas das regiões é algo bastante conhecido dos meteorologistas. Não é possível, portanto, fazer uam previsão acertada que inclua grande parte dos estados. Para se ter uma ideia de frio histórico, o Boatos.org descobriu que a menor temperatura já registrada em nosso país foi em 1953, na cidade de Xanxerê, em Santa Catarina, quando os termômetros chegaram a -11,1º C. Outro dado curioso: a capital do Acre, Rio Branco, que costuma ter um clima quente e úmido, já chegou a 9,1º C, em 1952.