Estado de Minas SAÚDE

Tecnologia leva ao sedentarismo e à ansiedade

Especialista alerta para o uso excessivo de dispositivos eletrônicos


postado em 16/04/2018 10:52 / atualizado em 16/04/2018 11:22

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Uma pesquisa publicada no jornal oficial da Sociedade Norte-Americana de Menopausa (North American Menopause Society) associa a quantidade de tecido adiposo na região abdominal das mulheres ao desenvolvimento do transtorno de ansiedade. Para o patologista e neurologista Beny Schmidt, o sedentarismo, que leva ao aumento da gordura localizada, é um fator importante para a ansiedade humana, mas não o único. "A comunidade vem discutindo sobre a relação direta do tecido adiposo com a ansiedade. Para mim, esta relação está ligada fundamentalmente a outro fator, o sedentarismo. Este, por sua vez, está diretamente relacionado aos avanços tecnológicos que acredito serem fonte para o transtorno", comenta o especialista.

Segundo o médico, a tecnologia vem despontando como a principal razão para o grande aumento global de doenças ligadas à ansiedade. "Acredito que os casos que vêm aumentando em todo o mundo, recentemente, cursam na mesma velocidade dos avanços tecnológicos que o homem obteve no último século", diz Beny Schmidt.

Hoje, o uso indiscriminado da tecnologia, por vezes de forma excessiva, no dia a dia de muitas pessoas, é uma realidade que todas as idades. O mundo hiperconectado em que vivemos traz uma série de impactos sociais e psicológicos, com consequências diretas para a saúde da população, gerando até mesmo dependência.

O neurologista alerta que o acesso irrestrito e todo instante dos dispositivos eletrônicos acaba potencializando transtornos preexistentes. Para Schmidt, as facilidades geradas pelos avanços tecnológicos têm um custo e se apresentam como um desafio para a sociedade: como equilibrar o uso para aproveitar os benefícios e minimizar os prejuízos?

"Por meio da internet, dos computadores e dos smartphones, temos respostas imediatas. Os problemas que cruzam nosso caminho precisam ser resolvidos no exato momento em que aparecem. Como não ficar ansioso neste cenário provocado pelo imediatismo gerado pela tecnologia?", questiona o especialista.

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