O texto é produzido pela Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês), organização global com 156 membros. O relatório mostra que China, Brasil, Estados Unidos, Índia, Alemanha e Japão continuam sendo os maiores empregadores do mercado de energia renovável no mundo, representando mais de 70% de todas as vagas do setor. "Embora um número crescente de países esteja colhendo os benefícios socioeconômicos das energias renováveis, a maior parte da produção ocorre em relativamente poucos países e os mercados domésticos variam enormemente em tamanho", avalia a agência.
Para a Irena, a economia global poderá criar até 28 milhões de empregos no setor até 2050, com a descarbonização do sistema energético. Os dados mostram que a produção de energia solar fotovoltaica continua sendo o maior empregador de todas as tecnologias de energia renovável, respondendo por cerca de 3,4 milhões de empregos. A estimativa é que a China responda por dois terços dos empregos nessa área, o que equivale a 2,2 milhões de pessoas – trata-se de uma expansão de 13% em relação a 2016.
Ao lado da China, Blangladesh, Indía, Japão e os Estados Unidos são os principais empregadores no mercado de energia solar fotovoltaica no mundo. Juntos, os cinco países respondem por cerca de 90% dos empregos em energia solar fotovoltaica em todo o mundo.
Brasil
O relatório da Irena destaca que o número de empregos no segmento de biocombustíveis, no Brasil, aumentou 1% em 2017, totalizando 593,4 mil postos de trabalho. "Os empregos em etanol diminuíram devido à constante automação e ao declínio da produção de álcool combustível", aponta a agência.
Apesar da queda na produção de empregos no setor de etanol, a organização informa que houve compensação com os empregos gerados pelo biodiesel.
Já no que diz respeito à indústria eólica, o levantamento estima que o setor emprega cerca de 33,7 mil pessoas na fabricação, construção, instalação, operação e manutenção. Em 2017, a indústria eólica fechou o ano com 12,8 GigaWatts (GW) de energia acumulados.
O relatório diz ainda que as novas instalações no mercado de aquecimento solar no Brasil caíram 3% em 2017. O emprego total em 2017 foi estimado em cerca de 42 mil postos de trabalho, com cerca de 27,5 mil na indústria transformadora e 14,5 mil na instalação.
(com Agência Brasil).