
Um exemplo disso consta numa inscrição que pode ser encontrada na Abadia de Westminster, em Londres, na Inglaterra, que data do ano de 1268 e que traz a informação de que cada ano humano equivaleria a nove anos caninos. Esse cálculo, na verdade, não foi realizado para satisfazer a curiosidade em relação ao pet, e sim, como uma forma inusitada de calcular o fim do mundo nos anos 1200, informa o Science Alert.
De qualquer modo, a teoria dos "sete anos" é considerada recente. Em entrevista para o jornal americano The Wall Street Journal, o veterinário William Fortney, professor da Universidade Estadual do Kansas, nos EUA, comenta que essa crendice foi inventada e não tem nenhuma base científica. "Meu palpite é que seja uma jogada de 'marketing'. Foi uma maneira de incentivar os donos a levarem seus animais de estimação ao veterinário pelo menos uma vez por ano", afirma o especialista.
O professor lembra que, se os humanos realmente envelhecessem sete vezes mais devagar do que os cães, muitos de nós poderiam começar a reproduzir aos 7 anos de idade e viver até os 150. Claro que isso não condiz com a verdade. "A razão pela qual os cães podem atingir a plena maturidade sexual depois de apenas um ano de vida é porque nossos amigos caninos envelhecem mais rápido durante os dois primeiros anos de vida do que os humanos", explica Fortney.
Porém, o veterinário salienta que a taxa de envelhecimento do cão depende muito do porte físico – os menores tendem a ter uma longevidade maior. Além disso, os pets amadurecem mais rápido no começo da vida e reduzem o envelhecimento com o passar do tempo.
Para comparar o tempo de vida do cãozinho com o dos humanos, confira a tabela, abaixo, levando em conta que as raças consideradas pequenas têm até 9,5 kg; as raças medianas, de 9,6 kg a 22 kg; as raças de grande porte pesam entre 23 kg e 40 kg; e as raças gigantes são acima de 41 kg:
