Segundo matéria publicada pela revista americana People, no caso de Muhl, a condição surgiu ainda no ventre da mãe: ela tinha uma irmã gêmea não-idêntica que foi absorvida por seu corpo durante a gestação. O quimerismo explica por que a modelo e cantora possui a grande marca de nascença no torso.
"Me senti livre depois do diagnóstico, pela primeira vez na vida, porque soube o motivo de meu estômago estar desse jeito. Antes disso, todo médico que visitei disse que devia ser apenas uma marca de nascença... Finalmente, isso está fazendo algum sentido", comenta Taylor Muhl à People.
A condição que ela tem é chamada de quimerismo tetragamético. Isso pode acontecer em casos de gêmeos não-idênticos, onde há dois óvulos separados fertilizados por dois espermatozoides diferentes, e os dois zigotos "se fundem e formam um ser humano com duas linhas genéticas diferentes", esclarece o geneticista Brocha Tarshish, do Hospital Infantil Nicklaus, de Miami, nos Estados Unidos, citado pelo portal de notícias científicas LiveScience. Isso acontece muito cedo, ainda durante o desenvolvimento embrionário, completa Tarshish.
No caso de Taylor Muhl, os médicos disseram que ela possui "dois sistemas imunológicos e duas correntes sanguíneas", ou seja, são formados por dois conjuntos distintos de DNA.