O Mundial de futebol da Fifa ocorrerá em 11 cidades russas, num "ambiente hostil e de deterioração para os direitos humanos", ressalta a organização em comunicado divulgado em Berlim por ocasião da publicação de um guia de 44 páginas sobre o tema e destinado aos jornalistas que farão a coebrtura do evento esprotivo.
A HRW lembra que as autoridades russas "usam de maneira habitual leis restritivas para reprimir as liberdades de reunião, de associação e de expressão" e que "os funcionários do governo empregam mão dura contra a oposição mediante a aplicação de leis repressivas e aumentando a censura na internet".
Por isso, a Fifa deveria fazer valer sua influência com as autoridades russas para abordar abusos contra os direitos trabalhistas – relacionadas a obras para a Copa do Mundo –, a restrição de liberdades fundamentais e a contínua repressão aos ativistas pró-direitos humanos.
A Human Rights Watch solicita, ainda, que a Federação Internacional de Futebol interceda pelo jornalista esportivo veterano Hajo Seppelt, da televisão pública alemã ARD, que tinha informado amplamente sobre o escândalo de doping na Rússia e que foi impedido de ir ao Mundial depois que o país anfitrião lhe negou o visto.
"A Fifa ainda tem tempo de demonstrar que está disposta a fazer valer sua influência junto ao governo russo para cumprir com suas próprias políticas de direitos humanos. O interesse é garantir que este lindo jogo não seja manchado por um ambiente desagradável de discriminação e repressão", comenta Hugh Williamson, diretor da HRW para a Europa e a Ásia Central.
(com Agência Brasil e Agência EFE).