Na região leste, por exemplo, a ginástica é realizada em 10 espaços, sendo um deles a praça Comendador Negrão de Lima, no bairro Floresta. Segundo a instrutora Andreia Cioglia, a atividade faz bem para o corpo e a mente. "É um momento de concentração que traz uma sensação de relaxamento. A prática corporal é opção para todos os públicos, e existe uma grande adesão da terceira idade. Não têm contraindicação e os benefícios são inúmeros, como a melhora do condicionamento físico e a promoção da autoestima", comenta a instrutora em entrevista para o portald a PBH.
Segundo a enfermeira Luciana de Carvalho, do centro de saúde do bairro Horto e instrutora de grupo de Lian Gong que se reúne no salão de uma igreja no bairro Santa Tereza, a ginástica é uma ação preventiva. "Entre os benefícios podemos citar: a melhora da qualidade de vida, diminuição da procura pelo atendimento nas unidades de saúde e redução do uso de remédios; aumento do equilíbrio e da flexibilidade e atenuação das dores articulares e musculares", afirma a especialista.
A médica Luzia Toyoko Hanashiro, coordenadora do Programa Lian Gong em 18 Terapias no SUS de Belo Horizonte, explica que os movimentos do Lian Gong são suaves e firmes.
Ginástica terapêutica
Essa prática corporal chinesa é composta por 54 movimentos divididos em três partes: anterior, posterior e I Qi Gong. Com 18 movimentos, cada série, que trabalham determinada área do corpo. Na primeira, os exercícios são direcionados para o tratamento das dores crônicas no pescoço, ombros, costas, lombar e pernas. A segunda previne dores nas articulações, tendões e desordens funcionais dos órgãos internos, e na terceira parte, os exercícios são direcionados para o fortalecimento das funções do coração e pulmão e a organização e fortalecimento do Qi, o sopro vital do corpo. A atividade tem duração de 30 a 60 minutos. Para obter resultados é preciso que seja feita pelo menos duas vezes por semana.
Para participar do Lian Gong oferecido pela PBH não é necessário passar por uma avaliação ou ter um encaminhamento. As pessoas que o frequentam, em geral, são usuários dos centros de saúde ou moradores dos bairros onde a atividade ocorre.
(com portal da PBH).