Segundo o deputado, esse sistema, criado para indicar o custo da geração de energia elétrica no Brasil, foi "desvirtuado" pela Aneel, o que seria confirmado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em auditoria realizada com base em pedido do parlamentar.
Além disso, Eduardo da Fonte afirma que as bandeiras tarifárias vão contra os contratos de concessão assinados pelo poder público com as distribuidoras, que preveem reajustes uma vez por ano, sempre no aniversário do contrato.
O sistema de bandeiras é regulado pelo Decreto 8.401/15 e pela Resolução Normativa 457/13, e funciona com base em três cores (verde, amarelo e vermelho), norteando o custo da geração de energia para o consumidor.
A bandeira vermelha indica que está muito caro gerar energia, devido ao uso das termelétricas (usinas movidas a combustíveis como gás, carvão e diesel), que são mais caras.
Lucro
Para o deputado do PP, esse sistema teve como única consequência elevar a arrecadação das companhias de energia, sem benefícios para os consumidores brasileiros, e isso foi atestado pela auditoria do TCU. O tribunal identificou que a Aneel relegou para segundo plano a utilização do sistema de bandeiras como sinalizador de preços ao consumidor. Ainda conforme o TCU, não há qualquer constatação de que o modelo teria contribuído para o consumo mais racional e consciente.
Por fim, o tribunal informou que a Aneel agiu de forma ilegal ao descumprir o interstício mínimo de um ano, previsto no Decreto 8.401/15, para alterar a metodologia do sistema de bandeiras e os valores dos adicionais. "Resta claro o desvio de finalidade e a intensão de favorecer de forma ilegal e imoral as Distribuidoras de energia elétrica", afirma Eduardo da Fonte.
Tramitação
O projeto será analisado incialmente nas comissões de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois segue para apreciação dos deputados no plenário da Câmara.
(com Agência Câmara Notícias).