Segundo informação do site da ONG americana Society for Science & the Public, especializada na promoção da Ciência, o primeiro visitante interestelar conhecido do nosso Sistema Solar pode não ser o que pensávamos. É cada vez mais clara a ideia de que objeto espacial conhecido como Oumuamua, que chegou em nossa vizinha de forma inesperada, na verdade, é um cometa e não um asteroide, como se imaginava até então.
Ao contrário dos asteroides, os cometas são gelados e tendem a ser cercados por um halo de gás e poeira. Como mostra a Society for Science, os astrônomos não viram sinais de uma auréola em torno dos cerca de 400 m de comprimento do Oumuamua (ele é longilíneo e não arredondado como outros objetos que voam pelo espaço). Assim, o "intruso", descoberto em outubro de 2017, foi apelidado de asteroide. Mas, alguns cientistas estão questionando essa conclusão. Como o corpo espacial tem uma superfície avermelhada, a estimativa é que seja um cometa com uma crosta externa protegendo um "coração" gelado.
A nova constatação faz parte de um artigo científico publicado no site da revista Nature, nesta quarta, dia 27 de junho. Conforme a ONG americana, os pesquisadores relatam que o caminho que o Oumuamua fez em seu rápido passeio pelo Sistema Solar não pode ser explicado apenas pelos "rebocadores gravitacionais" provenientes do Sol e de outros corpos celestes que nos cercam. Outra força também deve estar atuando no objeto. Neste caso, a propulsão provocada pela combustão de gases, dizem os cientistas no estudo, é que seriam responsáveis pela trajetória do Oumuamua, reforçando a tese de que ele é um cometa.
CIÊNCIA
Asteroide 'intruso' do Sistema Solar é, na verdade, um cometa
Cientistas fazem novas descobertas sobre o Oumuamua
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