A área devastada em 2017 era de 7.408 km², um tamanho 38% menor do que o registrado em 2015, quando a extensão era de 11.881 km².
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, atribui a retirada de coebrtura vegetal para uso na agricultura como parte da responsabilidade pelo desmatamento no Cerrado. "Esse desmatamento legal está previsto na lei brasileira e defendemos que seja feito dentro da legalidade", afirma Duarte.
Para o ministro, é fundamental intensificar o diálogo com representantes da pecuária e principalmente da agricultura, nos 11 estados e no Distrito Federal, regiões que são detentoras de reservas de Cerrado no país. Segundo ele, o objetivo é promover maior conscientização sobre os impactos de sua cadeia produtiva.
O ministro pretende também criar um grupo de trabalho com representantes dos governos e integrantes a sociedade civil e promete reforçar ações para coibir crimes ambientais no local, empregando, inclusive, forças policiais.
Desmatamento
O Cerrado se estende por mais de dois milhões de km² do território brasileiro, o que equivale a quase 24% do país. Contudo, a área com vegetação íntegra do bioma já foi reduzida a cerca de 20% de sua cobertura original.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) mostra que em 15 anos o desmatamento no Cerrado foi mais intenso do que o registrado na Amazônia.
De 2000 a 2015, o bioma perdeu 236 mil km², enquanto a perda na Amazônia, bioma duas vezes maior, foi de 208 mil km². Só no ano de 2015, o volume desmatado do Cerrado correspondeu a mais da metade da área devastada da floresta amazônica.
(com Agência Brasil).