Segundo o médico, algumas doenças são influenciadas pela dieta e a endometriose é uma delas.
A alimentação adequada, portanto, pode ajudar a controlar as prostaglandinas e contribuir para a redução do processo inflamatório, típico da endometriose. De acordo com um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), alimentos ricos em ômega-3, nas vitaminas A, C, D e E, além da suplementação com N-acetilcisteína e com resveratrol (polifenol muito presente nas uvas), exercem efeito protetor, anti-inflamatório, com redução no risco de desenvolvimento e possível regressão do problema no endométrio.
O especialista lembra que o maior consumo de frutas, verduras (preferencialmente orgânicas) e cereais integrais também exerce efeito protetor para evitar as consequências dessa doença. "Vimos ainda que há outras substâncias que podem ser usadas na forma de suplementos ou ainda incorporadas na dieta. Em dezembro de 2017, um estudo italiano trouxe uma nova combinação de ingredientes com efeito anti-inflamatório que se mostrou útil na redução de um tipo de prostaglandina, e também do CA-125 , um marcador tumoral utilizado para controle da endometriose", comenta Edvaldo.
A combinação usada no estudo foi de quercetina (flavonoide), Tanacetum parthenium (planta medicinal), nicotinamida (forma ativa da vitamina B3), curcumina (princípio ativo do açafrão), L-5-metiltetrahidrofolato de cálcio (uma das formas do ácido fólico) e os ômegas 3 e 6.
"Outro fator importante é que a endometriose é uma doença dependente do hormônio estrogênio. Portanto, dietas que ajudem a manter o estrogênio controlado podem contribuir para a redução dos sintomas", afirma o ginecologista.
Uma dica importante é aumentar o consumo de fibras que contribuem na excreção do estrogênio, assim como reduzir o consumo de gordura animal. A partir de uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, grãos e carne magra, é possível também diminuir a gordura corporal, que está ligada à produção periférica do estrogênio.