Estado de Minas BEM-ESTAR

É preciso falar sobre o mau hálito

A halitose pode ser um sintoma de várias condições sérias


postado em 14/06/2018 10:45 / atualizado em 14/06/2018 10:59

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Sabia que a palavra halitose, originária do latim, significa "alteração do solto pela boca" ("halitu", que significa ar expirado, e "osi" significa alteração). O mau hálito é, portanto, o odor expirado pelos pulmões, boca e narinas. No Brasil, a estimativa é que cerca de 50 milhões de pessoas são vítimas desse problema, que gera prejuízos pessoais, emocionais e até profissionais.

A halitose não se trata de uma doença em si, mas de um sintoma. Ela pode denunciar um problema de saúde ou alteração fisiológica. Desta forma, o mau hálito pode indicar um desequilíbrio no organismo que deve ser identificado e tratado adequadamente. Segundo a dentista Daniela Yano, da clínica Sorriso Santana, de São Paulo (SP), o mau hálito se dá por uma associação de fatores e, em mais de 90% dos casos, sua origem se dá na cavidade bucal, podendo ser acompanhada de alterações sistêmicas.

"Se você apresenta insegurança ao falar ou se aproximar das pessoas, não se sente confortável em sorrir, possui depressão ou ansiedade, baixo desempenho profissional, dificuldade em estabelecer relações amorosas e afetivas, baixa autoestima e autoconfiança, você pode apresentar halitose. Perguntar a alguém de confiança, próximo a você é sempre uma boa opção", comenta a especialista.

O problema pode ser dar por origem fisiológica, como jejum prolongado, alimentação inadequada e hálito da manhã; por razões sistêmicas, como diabetes, doenças renais e hepáticas; ou, ainda, por razões locais, como a má higiene, baixa produção de saliva, estresse, problemas nas vias aéreas, saburra lingual (placa bacteriana aderida à língua) ou cáseos amigdalianos (massas viscosas de odor forte e desagradável que ficam alojadas nas criptas amigdalianas).

O uso de algumas medicações pode levar ao mau hálito, bem como o cigarro, as drogas e a bebida alcoólica.

De acordo com Daniela Yano, o tratamento eficaz depende da identificação da causa – ou das causas. Para cada caso há uma sequência de procedimentos diferentes a serem realizados, dentre eles, o tratamento periodontal, a remoção da saburra lingual, a estimulação da produção salivar, a remoção de cálculos que podem obstruir o canal das glândulas produtoras de saliva, o uso de produtos específicos, ou mesmo o acompanhamento médico para um tratamento sistêmico.

O mau hálito pode acometer qualquer pessoa e provocar sérios prejuízos, podendo levar ao afastamento daqueles em seu convívio, comprometendo a vida pessoal, emocional e até mesmo profissional.

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