O projeto da Fiocruz aguarda a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por autorizar o plantio da maconha com fins medicinais e para uso em pesquisas científicas.
Segundo o psicólogo Francisco Netto, coordenador-executivo de Programa de Drogas da Fiocruz, em entrevista para a agência russa de notícias Sputnik, a ideia do novo estudo surgiu após a fundação ouvir a demanda das mães de crianças que possuem epilepsia refratária, que é uma doença de difícil controle por meio dos medicamentos convencionais.
"A gente começou dando conta dessa demanda especifica, que essas mães nos apresentaram, mas também entendendo que existem outras aplicações terapêuticas que também são importantes e que cada vez mais tem robustez essas evidências de outras possibilidades do uso da Cannabis", comenta o especialista da Fiocruz.
Ainda conforme a fundação, o novo estudo tem como objetivo uma série de atividades, que vão desde a avaliação das melhores formas de cultivo da maconha, passando por testes clínicos e o desenvolvimento de um medicamento propriamente dito.
"Nós conversamos com especialistas e pessoas que trabalham nesse campo e estamos chegando em um ponto de trabalho para começar a pensar na produção de fato de um extrato de um fito medicamento a princípio, na primeira modalidade, para epilepsia", afirma Francisco Netto à Sputnik.
O orçamento previsto para a primeira fase da pesquisa é de R$ 3,4 milhões, informa a Fiocruz. Mas, o valor ainda pode ser alterado para mais ou para menos ao longo do processo, lembra a fundação.
(com Agência Brasil).