Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que, para que todos os brasileiros tenham saneamento básico até 2033, conforme está previsto no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), é necessário ampliar em 62% o volume de investimentos na área para um patamar próximo a R$ 21,6 bilhões anuais.
De acordo com o levantamento, o investimento insuficiente é o maior vilão para a ampliação da cobertura das redes de esgoto no Brasil. Nos últimos oito anos, a média de recursos aportados no setor foi de R$ 13,6 bilhões.
O mesmo estudo mostra ainda que o serviço prestado pelas companhias privadas tem mais qualidade que o das públicas, e que cada R$ 1 investido dá retorno de R$ 2,5 ao setor produtivo. Além disso, o documento salienta que a ampliação das redes resulta em melhorias na saúde da população.
Metas
Na avaliação da CNI, a meta do Plansab só se tornará possível caso a agenda de saneamento básico seja prioridade do governo federal.
"Caso sejam mantidos os níveis recentes de investimento, a universalização dos serviços será atingida apenas após 2050, com cerca de 20 anos de atraso", afirma Mônica Messenberg, diretora de Relações Institucionais da CNI. Conforme o levantamento da CNI, a experiência internacional sugere que a parceria com o setor privado tem sido fator fundamental para a expansão e aumento da qualidade dos serviços de saneamento.
As concessões e as parcerias público-privadas (PPPs) no setor, no entanto, ainda esbarram em uma série de resistências, a maior parte relacionada aos mitos de que o setor privado só atua em grandes municípios e de que as tarifas privadas são significativamente superiores.
"É mito a ideia de que a participação privada gera aumento significativo das tarifas: o setor privado pratica tarifas de cerca de R$ 0,11 acima das tarifas observadas nas companhias estaduais", informa o estudo.
(com Agência Brasil)
BRASIL
Para que todos tenham saneamento, investimento precisa chegar a R$ 21,6 bilhões anuais
Informação faz parte de levantamento da Confederação Nacional da Indústria
Compartilhe no Facebook
Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor.
As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação