"A motivação continua e, para o próximo ano, acreditamos que podemos passar dos 240 milhões de toneladas", comenta Wilson Vaza, secretário substituto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), ao afirmar que, apesar do recuo, há uma boa resposta dos setores ao plano safra anunciado pelo governo.
O resultado do levantamento apresentado hoje também é menor do que o do último dia 10 de maio, quando a Conab apontava para uma produção de 232,6 milhões de toneladas. No período, assim como agora, o volume projetado também era impulsionado pela soja (117 milhões de toneladas) e pelo milho total (89,2 milhões de toneladas). Mas, nessa comparação, o recuo foi atribuído a impactos climáticos que afetaram a produção do milho segunda safra.
Sobre a área semeada, a Conab manteve a estimativa de maior da série histórica, com uma ocupação de 61,6 milhões de hectares de terras no Brasil. Diferentemente da relação feita sobre a colheita, em relação à área, há expectativa de aumento de 1,1% na comparação com a última safra. Ou seja, quase 400 mil hectares a mais em plantação, que, pela ordem de ganho, deve-se, principalmente, ao cultivo de soja dos 33,9 milhões de hectares para 35,1 milhões. Cultivos do algodão e do feijão e as culturas de inverno também ajudaram a ampliar a previsão da área produtiva.
Além do levantamento de grãos, a Conab ainda lançou o Portal de Informações Agropecuárias, que vai reunir dados nacionais em um único sistema.