"O silicone industrial não deve nunca ser utilizado no corpo humano e tem como finalidade a limpeza de carros e peças de avião, impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outras utilidades.
É sabido que o silicone, composto químico que serve para uma vasta gama de aplicações industriais, comerciais e estética. No caso de procedimentos cirúrgicos, ele pode ser usado em forma de próteses e implantes (nunca na forma líquida), que precisam ser aprovados pela Anvisa e devem ser manipulados por pessoas especializadas, habilitadas, e em hospitais com a estrutura necessária para atender o paciente.
A Vigilância Sanitária lembra que a aplicação de silicone industrial, que tem aspecto oleoso, no corpo, pode gerar diversas anomalias, seja na hora da aplicação ou com o passar dos anos, como deformações, dores, dificuldades para caminhar, infecção generalizada, embolia pulmonar e, até mesmo, a morte.
"A aplicação ilegal do silicone industrial no corpo humano é considerada crime contra a saúde pública previsto no Código Penal, como exercício ilegal da Medicina, curandeirismo e lesão corporal", diz o texto da agência.
A Anvisa orienta as vítimas de falsos médicos ou de profissionais inabilitados, que receberam silicone industrial no corpo, a procurarem um especialista, mesmo que não tenha aparecido qualquer reação no organismo. "Somente um médico especialista pode avaliar a gravidade de cada caso", completa a agência.
Produto registrado
De acordo com a Vigilância Sanitária, para saber se um produto é registrado e aprovado no Brasil, é preciso consultar o sistema de produtos regularizados ou entrar em contato com a central de atendimento da Anvisa, pelo telefone 0800-6429782. A ouvidoria da agência também recebe denúncias de uso de materiais irregulares ou de práticas não autorizadas.
(com portal da Anvisa).