Teresa mora em Sidney, cidade mais populosa da Austrália, está pesando 54 kg e só conseguiu reduzir as medidas após largar o hábito diário de comer alimentos calóricos como pão, macarrão e pizza, e passar a seguir as restrições previstas na dieta cetogênica. Segundo revelou ao portal australiano de notícias News, após consultar o médico, foi recomendado que passasse a fazer essa dieta "da moda" para ajudar a aliviar os problemas hormonais e de fertilidade – Teresa passou a acumular os quilos a mais em questão de meses após o nascimento de seu primeiro filho, Liam, de 9 anos, em 2009.
Como a outra opção dada pelo especialista seria uma quantidade enorme de remédios, ela sentiu que "não tinha nada a perder" e decidiu abraçar a alimentação cetogênica em junho de 2017. Apenas dois meses após começar a restrição dos carboidratos, a australiana conseguiu, de forma surpreendente, perder 15 kg.
"Eu nunca estive acima do peso e sempre fui naturalmente magra. Sempre tentei ser o mais saudável possível. Depois de dar à luz, meus hormônios entraram em 'colapso', o que me fez acumular peso muito rapidamente. Isso também piorou a minha síndrome do ovário policístico, diagnosticada em 2007, que também dificultava a perda de peso.
A síndrome do ovário policístico não afetou apenas o peso dela. A condição também alterou sua fertilidade. Teresa e o marido, o corretor de imóveis John Venetoulis, de 38 anos, lutaram por quase dois anos para conseguir gerar o segundo filho. Após um aborto em 2010, a produção descontrolada de hormônios fez com que a australiana ganhasse impressionantes 50 kg em menos de um ano.
"Eu tentei todas as dietas, fui à academia e corri todos os dias. Mas não adiantou. Eu podia perder dois quilos, mas depois ganhava cinco. Foi tão frustrante", comenta Teresa ao portal de notícias.
Ela lembra que o médico sugeriu que fizesse a dieta cetogênica não apenas para a perda de peso, mas também para ajudar no tratamento dos ovários policísticos. "Eu nunca tinha ouvido falar disso. Então, fiz um monte de pesquisas sobre a dieta, durante um mês, antes de decidir dar uma chance para ela. Nos primeiros dois meses, perdi 15 kg. Eu fiquei espantada. Nada havia funcionado antes.
A dieta cetogênica fez com que Teresa cortasse todos os carboidratos em favor de alimentos ricos em proteínas e gorduras, como peixes gordurosos (incluindo salmão), carne magra, nozes, abacate e ovos.
Questionada sobre as atividades físicas que pratica, ela conta que faz exercício apenas de forma secundária, por exemplo, com trabalhos domésticos e com as idas às lojas para fazer compras ou quando leva os filhos para a escola. "Eu nunca fui dessas pessoas fanáticas por academia porque eu absolutamente odeio malhar".
Além da restrição alimentar, Teresa Venetoulis revela ao News que também pratica o jejum intermitente e faz duas grandes refeições por dia. "Vou tomar café da manhã por volta das 11h e, depois, como de novo às 14h. Então, faço jejum até a manhã seguinte. Foi difícil no começo, mas o corpo se acostuma. Eu ainda alimento meus filhos com as três refeições e os lanches diários. Eu me sinto fantástica agora que perdi todo o peso. Não era apenas sobre emagrecer, mas também em ser saudável e ser a melhor mãe possível. Agora, eu posso correr atrás dos meus filhos com facilidade.
Veja como era a dieta de Teresa antes e depois da restrição provocada pela cetogênica:
Antes
- Café da manhã: dois sanduíches torrados com queijo
- Lanchinho: fruta e um biscoito
- Almoço: macarrão ou pizza
- Jantar: espaguete à bolonhesa, lasanha ou carne assada com batatas
Depois
- Café da manhã (reforçado): ovos com abacate, espinafre, cogumelos e bacon
- Jantar: frango grelhado ou peixe assado com muitos legumes ou salada grande
- Lanchinho ocasional: bolo cetogênico com baixo teor de carboidratos