Segundo o relatório, o gasto brasileiro também supera países como a Argentina (5,3%), Colômbia (4,7%), o Chile (4,8%), México (5,3%) e os Estados Unidos (5,4%). "Cerca de 80% dos países, incluindo vários desenvolvidos, gastam menos que o Brasil em educação relativamente ao PIB", informa o documento.
O relatório também mostra que como proporção das receitas da União, a despesa federal em educação quase dobrou sua participação, passando de 4,7% para 8,3% no período 2008 a 2017. Em proporção do PIB, a expansão passou de 1,1% para 1,8%. A despesa com educação apresentou crescimento acumulado real de 91% no período de 2008 a 2017, ou uma média de 7,4% ao ano, enquanto a receita da União cresceu 6,7% – em termos reais, descontada a inflação, foi de 0,7% ao ano, em média.
Na principal avaliação internacional de desempenho escolar, o Pisa (Programme for International Student Assessment), o Brasil está nas últimas posições. Dos 70 países avaliados em 2015, o Brasil ficou na 63ª posição em Ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em Matemática.
O problema no Brasil, de acordo com o levantamento do Tesouro Nacional, não está no volume dos gastos, mas na necessidade de aprimoramento de políticas e processos educacionais.
(com Agência Brasil).