Segundo a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga, a criança precisa experimentar, ousar, tentar e conviver com as mais diversas situações. Além de brincar com outras crianças, com adultos, com objetos e com o meio.
Para ajudar os pais, a psicopedagoga selecionou algumas brincadeiras tradicionais que podem ajudar no desenvolvimento dos pequenos:
Stop ou adedanha
Separem canetas e folhas de papel. Escolham as categorias, por exemplo, nome, animal, cor e frutas. Desenhe uma tabela com colunas e linhas e coloque uma categoria em cada coluna. Todos reunidos, é a vez de falar "adedanha" e cada um escolher um número com as mãos. O total de dedos será o equivalente ao número da letra do alfabeto. Por exemplo, se a soma der 13, então será jogada a letra M.
Explicação da especialista: stop é um clássico, que trabalha a interação e a comunicação. Você ajuda a criança a desenvolver habilidades como raciocínio, memória, agilidade, espírito de competição e liderança.
Amarelinha
Joga, pula, agacha e pega a pedrinha! Tudo isso sem pisar na linha, é claro. Para brincar de amarelinha, desenhe um caminho no chão e divida-o em casas numeradas de um a 10. Jogue a pedrinha nas casas, seguindo a ordem numérica, começando pelo um e assim por diante – vale lembrar que a criança não pode pisar na casinha que estiver com a pedrinha. Neste caso, deve pular, sem pisar nas linhas, até o final do trajeto. Ao chegar, deve retornar, apanhar a pedrinha e recomeçar, desta vez, atirando a pedra na segunda casa e depois nas seguintes até passar por todas. O participante não pode pisar, perder o equilíbrio ou jogar a pedra na linha nem para fora. Se isto acontecer, ele volta para o início. Vence quem completar o caminho primeiro.
Explicação da especialista: com a amarelinha, a criança trabalhada a questão de lateralidade, o equilíbrio, a matemática, a lógica e a compreensão do que deve ser feito.
Passa Anel
Tudo que você vai precisar aqui é de um anel e um espaço para sentar com os pequenos. Para começar o jogo, uma criança fica com o anel, enquanto as outras do grupo se sentam uma ao lado da outra com os braços apoiados no colo e com as palmas das mãos unidas, como se fossem rezar.
Explicação da especialista: com esta brincadeira, as crianças desenvolvem o trabalho em equipe, além do respeito ao próximo, já que ele tem que esperar a resposta e a participação de cada colega.
Bolinha de gude
Para brincar com bolinhas de gude, primeiro, cava-se um buraquinho (ou poça) no meio de uma área de terra ou areia. É preciso mirar a bolinha dentro do buraco. O participante que a acertar ganha o direito de lançar sua bolinha contra as dos adversários. As bolinhas de gude atingidas são conquistadas. Quem errar, perde a vez. O jogo acaba quando um dos participantes conquistar todas as bolinhas do adversário.
Explicação da especialista: aqui, a criança aborda questões de lateralidade já que o objetivo do jogo é acertar as bolinhas no buraquinho cavado; envolve um pouco das habilidades matemáticas para somar ou subtrair as bolas. Além de reconhecer o momento em que ganhou e perdeu no jogo.
Pular elástico
Esta brincadeira clássica fica mais difícil conforme a altura do elástico é elevada – começa nos calcanhares e vai até o pescoço.
Explicação da especialista: esta brincadeira ajuda os pequenos a trabalhar com os movimentos do corpo, mobilidade e flexibilidade, além de servir como um exercício..