
Segundo a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga, as crianças chegam ao mundo e logo são apresentadas a uma "enxurrada" de inversão de valores. O que os pais lutam para construir dentro de casa e na escola, muitas vezes, a televisão consegue acabar em alguns minutos.
Às vezes, os filhos são deixados em frente à televisão sem que haja preocupação com o que está sendo transmitido, apenas usando aquele meio como uma "distração", o que, na opinião da especialista, pode ser ruim para a criança. "O nosso papel em casa e na escola é orientar. Se os pais ou responsáveis não estão em casa para acompanhar, e se há uma pessoa com as crianças, é o momento de instruí-la, ou dizer pelo menos o que é permitido ou não. É bem mais fácil deixar a criança ligar a televisão e esquecer do mundo, pois, assim, ela fica quieta", comenta a psicopedagoga.
No entanto, ao assistir a determinado programa, o pequeno reflete sobre o que vê, faz conexões com a sua realidade, abstrai os pontos positivos ou negativos daquilo que visualiza. Para Ana Regina Braga, a melhor maneira de lidar com essa situação é conversar com a criança e explicar qual é o objetivo daquele programa, fazendo com que ela "enxergue" a realidade. "Depois, evitar ao máximo o seu acesso a eles, deixando esse tempo para que a criança tenha oportunidade de desenvolver atividades que ajudem significativamente no aprendizado e na evolução", afirma a especialista.