Anualmente a Global Footprint Network realiza o cálculo do Dia da Sobrecarga da Terra usando o cálculo de Pegada Ecológica, que inclui todas as diferentes demandas em relação à natureza, como produção de alimentos; extração de madeira e de fibras (algodão); absorção de emissões de carbono com a queima de combustíveis fósseis; além de construções, estradas e demais infraestruturas. Com a sobrecarga a partir de 1º de agosto, esta passa a ser a data mais cedo para o evento desde a década 1970, quando o mundo começou a esgotar os estoques do planeta antes de acabar o ano.
De acordo com a ONG ambientalista WWF (World Wide Fund for Nature), os custos desse excesso de gastos ecológicos incluem desmatamento; colapso pesqueiro; escassez de água doce; poluição; erosão do solo; perda de biodiversidade e acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera. "Tudo isso leva a mudanças climáticas e secas mais severas, incêndios florestais e furacões.
"O Dia da Sobrecarga da Terra pode não apresentar diferenças em relação a ontem. Você ainda tem a mesma comida em sua geladeira", critica Mathis Wackernagel, CEO da Global Footprint Network, citado pelo comunicado da ONG ambientalista. "Mas, os incêndios estão ocorrendo no oeste dos Estados Unidos. Do outro lado do mundo, os moradores da Cidade do Cabo tiveram que reduzir pela metade o consumo de água desde 2015. Essas são consequências de estourar o orçamento ecológico do nosso único planeta. Nossas economias estão realizando um esquema Ponzi com nosso planeta. Ou seja, usamos os recursos futuros da Terra para operar no presente e nos aprofundar na dívida ecológica", completa Wackernagel..