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Fim do mistério: sarcófago negro do Egito não é de Alexandre, o Grande

A tumba de granito foi aberta nesta quinta, dia 19 de julho, pelas autoridades egípcias


postado em 19/07/2018 16:53 / atualizado em 19/07/2018 17:19

O sarcófago de granito preto encontrado em Alexandria, no Egito, foi aberto nesta quinta 919) e não continha os restos mortais do imperador Alexandre, o Grande(foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)
O sarcófago de granito preto encontrado em Alexandria, no Egito, foi aberto nesta quinta 919) e não continha os restos mortais do imperador Alexandre, o Grande (foto: Facebook/Ministry of Antiquities of Egypt/Reprodução)
Em comunicado oficial divulgado nesta quinta, dia 19 de julho, o Ministério de Antiguidades do Egito informa que foi aberto o "misterioso" sarcófago de granito preto encontrado na cidade de Alexandria, no norte do país, e que ele não é o túmulo do famoso imperador Alexandre, o Grande (governou a Macedônai de 332 a.C. a 323 a.C.). Na verdade, foram encontrados três esqueletos dentro da tumba, que, segundo as autoridades egípcias, devem ter pertencido a oficiais militares ou guerreiros. A informação foi divulgada pela agência espanhola de notícias EFE.

De acordo com Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades e chefe da missão egípcia, o sarcófago, encontrado durante uma inspeção em uma escavação realizada em um terreno particular no bairro de Sidi Gaber, estava cheio de águas residuais.

O comunicado também cita Shaaban Abdelmoneim, especialista no estudo de múmias e esqueletos, que, por meio de um exame inicial dos ossos, descobriu que eles provavelmente eram de "três oficiais militares ou guerreiros". Um dos crânios apresenta um ferimento por uma flecha, assinala o especialista, sem oferecer mais detalhes.

Os três esqueletos foram transferidos para os arquivos do Museu Nacional de Alexandria para serem analisados, afirma o ministério na mesma nota.

O interior do sarcófago foi alvo de polêmica desde que foi descoberto há três semanas, já que o ministério indicou que o achado datava da época ptolomaica, no século III a.C. Este período de influência greco-romana no Egito teve início com a conquista do país por Alexandre Magno, no ano de 332 a.C., e finalizou com a tomada de Alexandria pelos romanos, 30 a. C., quando o país era governado pela rainha Cleópatra VII.

(com Agência EFE e Agência Brasil)

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