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O que acha de ser obrigatória a execução do Hino Nacional nas escolas de Belo Horizonte?

Projeto que trata do tema foi rejeitado em comissão da Câmara Municipal

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Um projeto polêmico em Belo Horizonte prevê a execução e o canto do Hino Nacional Brasileiro em escolas públicas e privadas do ensino fundamental.
A proposta, porém, recebeu parecer pela rejeição na Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). A votação ocorreu na quarta, dia 4 de julho.

O Projeto de Lei (PL) 534, de 2018, de autoria do vereador Catatau (PHS), tem o objetivo de tornar obrigatória a execução e o canto do Hino Nacional, em sua integralidade, diariamente, em escolas de ensino fundamental públicas e particulares, cinco minutos antes do início das aulas. O projeto estabelece que os alunos estejam perfilados durante o ato cívico.

De acordo com o autor da proposição, o objetivo é resgatar a dignidade do patriotismo a partir da educação. O parlamentar entende que o seu projeto preencherá lacuna hoje existente no sistema de ensino ao promover o aprendizado do nosso hino. "Conhecer o Hino Nacional e se emocionar com sua execução contribui para a formação ideal dos nossos cidadãos do futuro", diz Catatau na justificativa da proposta.

O relator do PL 534/18, vereador Gabriel (PHS), apresentou parecer contrário ao projeto por entender que ele não inova no ordenamento jurídico, já existindo legislação sobre o tema. Além disso, o parlamentar diz que é necessário cautela quando o objeto do projeto remete a praticas vigentes à época da ditadura militar.

Para a vereadora Áurea Carolina (Psol), é importante que crianças e jovens tenham conhecimento profundo sobre a origem do Hino Nacional, seu contexto político, social, econômico e que saibam cantá-lo, mas pondera que isso não significa que deva haver obrigatoriedade de sua execução diária nas escolas. De acordo com ela, a proposta está "está fora do tempo e fora de propósito".

Os quatro vereadores presentes à reunião – Pedro Patrus (PT), Mateus Simões, Áurea Carolina e Gabriel – votaram favoravelmente ao parecer pela rejeição do projeto.
Com isso, a proposição fica conclusa em 1º turno e pode vir a ser debatida pelo plenário da CMBH, desde que exista quórum mínimo de parlamentares presentes.

(com Superintendência de Comunicação Institucional da CMBH).