A intenção da agência reguladora é encerrar, até o final e agosto, a fase de testes em laboratório para o uso do 5G na faixa de radiofrquência de 3,5 GHz. "Nossa perspectiva é concluir os testes de convivência e interferência até agosto, dentro do objetivo de colocar em leilão até o segundo semestre do ano que vem", comenta Morais em entrevista à Agência Brasil.
Enquanto a melhor tecnologia da atualidade, o 4G, oferece, em média, cerca de 45 Mbps (megabits por segundo) de transferência de dados para download, a extimativa é que a tecnologia 5G possa atingir velocidade de navegação e download cerca de 10 a 20 vezes mais rápida.
Ainda de acordo com o conselheiro da Anatel, os testes com a nova frequência estão sendo realizados no centro de referência tecnológica da operadora Claro, localizado na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Leonardo de Morais afirma que os contatos com os interessados no 5G, como empresas de telecomunicações e de tecnologia, têm sido acima das expectativas.
"Estamos confiantes de que essa convivência será possível e vamos analisar a necessidade de medidas de mitigação de interferências", diz.
Um dos problemas para o uso do 5G é que parte da faixa de 3,5 GHz, atualmente, é utilizada para recepção do sinal de TV aberta via antena parabólica. Os testes servem para apontar eventuais possibilidades de interferência. "Não podemos esquecer da questão social, que é a recepção dos sinais da televisão aberta via parabólicas", alerta o conselheiro.
Uma das medidas para mitigar as interferências poderia ser a substituição de um dos componentes das parabólicas. Segundo Morais, a estimativa é que o sinal de TV aberta seja recebido por parabólica em cerca de 20 milhões de domicílios no Brasil. "Esse número precisa ser dimensionado para sabermos efetivamente quantas pessoas podem ser afetadas".
(com Agência Brasil).