O ensaio clínico, liderado pela professora Anne Steiner, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, nos Estados Unidos foi realizado com 174 casais em oito centros americanos de fertilidade. Os cientistas encontraram mudanças "leves" na qualidade dos espermatozoides depois de três meses, mas, conforme os especialistas, isso não foi suficiente para fazer diferença em termos de fertilidade.
Todos os homens avaliados pelo estudo foram diagnosticados com infertilidade. Foram levados em conta quatro fatores que afetam a qualidade do esperma: concentração de espermatozoides; motilidade, ou a capacidade do gameta masculino nadar habilmente em direção ao óvulo; morfologia, que se refere ao tamanho e à forma do espermatozoide; nível de fragmentação do DNA no sêmen acima do "normal". Estes parâmetros espermáticos foram medidos no início do ensaio e após três meses.
Enquanto a espermatogênese (processo de amadurecimento do espermatozoide) leva 74 dias, o impacto dos antioxidantes no sêmen, conforme os cientistas americanos, é de curto prazo, o que significa que os efeitos deveriam ser observados logo após o início do tratamento. Portanto, após três meses, seria possível rastrear o impacto desses suplementos.
Os voluntários receberam suplementos contendo as vitaminas C, D3, E e L-carnitina (B11); ácido fólico; zinco; e selênio.
Não foram registradas diferenças significativas na concentração de espermatozoides, na morfologia, na motilidade ou nas medidas de fragmentação do DNA.
O grupo que recebeu os suplementos teve uma taxa de concepção de 10,5%, em comparação com 9,1% dos que receberam o placebo.
Anne Steiner e seus co-autores concluíram que "os resultados não apoiam o uso empírico da terapia antioxidante para o fator masculino infertilidade em casais que tentam engravidar naturalmente", conforme citação do Daily Mail..