Pode até ser surpreendente para alguns, mas a atitude de deixar os pequenos viverem de forma mais livre realmente é benéfico para o organismo deles. É o que confirma a pediatra Maria Thereza Valadares, do Comitê de Primeira Infância da Sociedade Mineria de Pediatria (SMP). "Existem muitos estudos científicos que mostram que ao ter convívio com a natureza as crianças entram em contato com micro-organismos que ajudam na produção de anticorpos contra infecções que podem surgir ao longo da vida", esclarece a especialista. Ela acrescenta que isso vale também para crianças que têm contato com animais e brincam no chão, mesmo nos grandes centros urbanos.
A necessidade de adquirir anticorpos serve de alerta para pais considerados "superprotetores", cujos filhos vivem sempre no colo ou em carrinhos de passeio. Neste caso, o comportamento mais conservador pode ser prejudicial para as crianças, fazendo com que o sistema imunológico demore mais para desenvolver proteção contra algumas doenças.
Além disso, segundo Maria Thereza Valadares, não basta apenas "soltar" os pequeninos no chão e deixar que desfrutem da natureza e dos animais sem nenhuma supervisão. "Costumo dizer que quando as crianças estão brincando livremente, os pais devem desconectar do celular e conectar aos filhos.