A substância foi responsável por 12% das mortes de homens com idades entre 15 e 49 anos. Os pesquisadores afirmam que não existe um nível seguro de consumo. "Os riscos à saúde associados ao álcool são enormes", comenta a pesquisadora Emmanuela Gakidou, principal autora do estudo, em entrevista para a agência espanhola de notícias EFE. "Nossas descobertas são consistentes com outro estudo recente que encontrou correlações claras e convincentes entre a bebida e as mortes prematuras, o câncer e os problemas cardiovasculares", completa a cientista.
Ainda que não tenha diferenciado o tipo de bebida alcóolica, o levantamento aponta que dois bilhões de pessoas ingerem álcool de forma recorrente. Do total de "bebuns", 63% são do público masculino.
Doenças
O estudo publicado na Lancet aponta ainda que consumo de álcool está associado a 23 problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, vários tipos de câncer, cirrose, diabetes, epilepsia, pancreatite, infeções respiratórias e tuberculose.
"Agora entendemos que o álcool é uma das maiores causas de morte do mundo", afirma Richard Horton, editor da Lancet, à Agência EFE.
A pesquisa da Universidade de Washington analisou 694 fontes de dados de consumo de álcool de diferentes regiões do mundo, assim como 592 estudos de projeções e perspectivas sobre o risco das bebidas.
"Com a maior base de evidências compilada até o momento, nosso estudo mostra claramente que o consumo de bebidas alcoólicas causa perdas substanciais da saúde em todo o mundo", diz Max Griswold, principal autor do estudo.
(com Agência EFE).