Para Antônio Carlos Botelho Megale, presidente da Anfavea, o aumento registrado no mês passado representa um bom resultado para o setor. "Gradualmente, o mercado vem se recuperando ", comenta o executivo. Em relação a junho, houve alta de 7,7%. No acumulado de janeiro a julho, o crescimento foi de 14,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por sua vez, a venda de veículos para o exterior teve resultados negativos, refletindo o cenário econômico desfavorável dos principais compradores: Argentina e México. Houve redução de 21,7% em unidades exportadas em julho, na comparação com igual período de 2017.
A venda de máquinas agrícolas foi destaque, com alta de 27,7% em julho na comparação com o mesmo mês de 2017. Foi registrada queda de 3,5% em relação a junho e aumento de 2,4% no acumulado do ano. A entidade considera que o resultado tem relação com o aumento dos preços das commodities, especialmente algodão, soja e milho.
Tabelamento do frete
Em relação à venda de caminhões, Megale pondera que ainda é cedo para estimar se haverá crescimento, por causa do aumento de custos provocados pelo tabelamento do frete – resultante da paralisação dos caminhoneiros. Alguns setores produtivos, especialmente do agronegócio, avaliam alternativas para transporte de suas cargas, como o aluguel e a aquisição de frota própria.
"Tem ainda uma decisão a ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal , estamos aguardado. Mas, esperamos que o aumento de vendas venha como decorrência do desenvolvimento econômico do Brasil. Se tiver mais atividade econômica, com certeza vai ter mais venda", afirma o presidente da Anfavea.
(com Agência Brasil).