"O objetivo do estudo é saber quantos animais são, a faixa etária, a espécie dominante, os locais de reprodução, além da interação com outros espécimes e com o ecossistema", diz a prefeitura em comunicado enviado à imprensa. De acordo com Leonardo Maciel, gerente de defesa dos animais da secretaria municipal de Meio Ambiente (SMMA), a proposta é "avaliar o impacto ambiental da presença desses animais". O trabalho deve durar quatro meses a partir da data de assinatura do contrato com a empresa.
Conforme a PBH, a entidade contratada fará avaliações visuais diurnas e noturnas, além de inspeção e mapeamento de ninhos, com a entrega de relatórios mensais dos resultados à SMMA. "Ao fim do período, será produzida uma avaliação final com respostas a itens previamente definidos, como por exemplo: nome da espécie de jacaré presente no local e registros fotográficos; número de ninhos e locais de maior incidência; censo populacional e riscos para a prática de esportes náuticos", esclarece a administração municipal.
Leonardo Maciel revela ainda que, em princípio, não há intenção ou necessidade de retirada dos animais da orla da lagoa, e o que se pretende no momento é um estudo com fins de conservação e cuidados com o meio-ambiente. Ainda de acordo com o gerente, o monitoramento dos animais será feito por meio de visitas de barco às regiões em que eles vivem, mapeamento por GPS dos locais de reprodução e feitura de fotos. "De antemão, sabemos que esta espécie, que é a provável jacaré-do-papo-amarelo, não oferece risco a humanos.
Caso seja verificado um excesso populacional dos répteis, segundo a prefeitura, será enviada uma proposta de manejo ao Ibama para o controle reprodutivo dos animais.
Capivaras
O processo de esterilização começou em outubro de 2017, quando a PBH assinou o contrato com a empresa responsável pelos serviços. Em censo realizado em novembro do ano passado, foram contabilizados cerca de 65 animais. Foram castrados 42 animais, o que equivale a 65% do número total registrado na última contagem.
"No último mês começou uma nova fase no manejo das capivaras. As ações estão acontecendo na orla da Lagoa da Pampulha, com a instalação de bretes para a captura dos roedores. As intervenções são planejadas de forma a gerar o mínimo de impacto no conjunto arquitetônico e foram autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ", esclarece a prefeitura de BH.
Deverão ser feitas também ações contra a febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela, comum nas capivaras, após o fim do manejo dos roedores, em outubro de 2018.
(com assessoria de comunicação da PBH).