De acordo com a médica veterinária Tatiana Braganholo, da MSD Saúde Animal, estudos comprovam as constatações de que a proximidade dos pets com a fumaça do cigarro pode ser tão prejudicial à saúde dos animaizinhos quanto é para os humanos. Um levantamento da Universidade de Glasgow, da Escócia, por exemplo, revela que os bichos de estimação podem ter até mais chances de desenvolver problemas decorrentes do fumo passivo do que os humanos.
Isso acontece porque além de inalar os gases resultantes da queima do cigarro, os pets podem ingerir os vestígios de nicotina presentes no próprio pelo quando estão se lambendo. "Em muitos casos os cães desenvolvem câncer de pulmão ou de cavidade nasal. Já os gatos têm mais chances de ter linfoma ", comenta a especialista.
Existem estudos que apontam que os gatos correm mais risco com o fumo passivo. Uma explicação seria pelo fato desses animais conviverem em outros lares quando criados livremente, o que pode fazer com que tenham contato com fumantes mesmo quando o tutor não tem o hábito de fumar.
Uma outra linha de pensamento afirma que, por serem animais mais territorialistas, os felinos tendem a passar mais tempo em casa do que os cães, já que esses são criados muitas vezes na área externa. Isso também proporcionaria aos gatos um aumento do contato com a fumaça tóxica.
"Os danos em longo prazo são inegáveis para todos os animais.
É importante lembrar que as cinzas e restos de cigarro devem ficar fora do alcance dos bichinhos, já que quando ingeridos podem causar uma intoxicação. "Alguns pets, principalmente os de pequeno porte, chegam a entrar em coma se consomem grande quantidade de tabaco", alerta a especialista..