A estimativa foi possível porque as estalagmites encontradas na caverna são velhas o suficiente para "guardar a memória" do último evento do tipo ocorrido no planeta.
De acordo com os cientistas, a reversão do campo magnético terrestre estaria "bastante atrasada". Normalmente, o fenômeno ocorre, em média, a cada 200 mil ou 300 mil anos. Porém, o planeta não tem uma inversão desde a última Era do Gelo, há cerca de 780 mil anos.
O magnetismo na Terra se forma devido ao movimento dos metais líquidos existentes no núcleo do planeta. E os pesquisadores descobriram que a velocidade de movimentação dessas substâncias está mais rápida. Além disso, o campo magnético terrestre estaria em torno de 10% mais fraco se comparado com os registros feitos há 175 anos, informa a emissora.
Outro ponto curioso é que está ocorrendo a "excursão" geomagnética, ou seja, o polo muda de lugar sem acontecer a inversão. Os cientistas apontam que o Polo Norte magnético, por exemplo, que se localiza atualmente ao norte do Canadá, a cada ano está ficando cerca de 50 km mais perto da Sibéria, na Rússia.
Mas, isso não é um problema, já que, desde a última reversão magnética, tivemos diversas "excursões" geomagnéticas.
De acordo com o pesquisador Jürgen Matzka, do Instituto de Ciências Ambientais e da Terra de Potsdam, na Alemanha, em entrevista para a Deutsche Welle, essas "excursões" estão ocorrendo com frequência 10 vezes maior do que anteriormente.
A boa notícia é que a inversão dos polos magnéticos da Terra não representam uma ameaça à humanidade, mas os especialistas alertam que poderão gerar falhas nos satélites que orbitam o planeta.