"Assim como um CDB é o ato de se emprestar dinheiro para uma instituição financeira e esta remunerar quem empresta pagando juros, o tesouro direto é a mesma coisa, porém, o empréstimo é feito para o governo brasileiro", explica o educador financeiro André Bona, do Blog de Valor.
Existem diversos tipos de títulos de Tesouro Direto, que podem ser atrelados à inflação ou aos juros básicos da economia (taxa Selic). De acordo com o especialista, o Tesouro IPCA (rendimento vinculado á inflação oficial), por exemplo, garante uma rentabilidade sempre acima da inflação, mas é preciso fazer as contas para saber qual será o ganho real. "Vamos supor que o investidor fez um investimento de R$ 10 mil e ganhe 10% no ano, sendo que a inflação no período foi de 5%. A rentabilidade em termos reais não foi de 10%, mas sim, a diferença entre o que rendeu a aplicação financeira e o desconto da inflação, ou seja, o ganho em teoria foi de apenas 4,76%", esclarece André Bona.
Entretanto, além do desconto da inflação existe a cobrança do imposto de renda. A taxa paga à Receita Federal varia de acordo com o tempo que o investimento ficou alocado. Quanto mais o dinheiro ficar "emprestado para o governo", menos imposto é cobrado, até chegar à alíquota mínima de 15% após 720 dias da compra do título.
Ele lembra que a poupança vem rendendo, em média, 0,37% ao mês em 2018, o que pode chegar a 4,4% ao ano, sem a incidência de qualquer tipo de imposto. Ou seja, é um investimento superior ao Tesouro Direto..